Levantando Poeira

quarta-feira, 15 de julho de 2009


Dédécadas que não atualizo isso aqui.

Hoje enquanto estava na fila do SUS, (momento em que eu daria tudo pra estar com um notebook pra escrever tudo que acontecia por lá) reparei que a Gleisi tinha razão, a tv de plasma está presente nos postos 24h, mas se elas não estivessem lá todos os pacientes entraríam em pânico total, alguma coisa tem que destrair a galera.

Pessoas tocindo de um lado, espirrando de outro. De repente, "preciso de uma cadeira de rodas, preciso de uma cadeira de rodas" grita o senhor desesperado pelos corredores. Um colega de trabalho acabara de desmaiar.Aí você para pra pensar, que tem casos muito piores que o seu.

Segundos depois escutei um "ahdgagdag eira", meu santo! Imediatamente levantei da cadeira caminhando em direção ao "eira" que ouvi, pensando ter ouvido Laryssa Cabreira e no fim era Vieira ¬¬
Continuei andando desfarçadamente olhando para a tv com cara de quem realmente estava interessada em assistir Naruto.

Logo procurei um lugar pra sentar, e começa tudo de novo, tosse e espirro, médicos colocando a cara pra fora da sala de atendimento e berrando nomes aleatórios com aquela vontade de mandar todo mundo a merda, tirando uma médica pediatra super simpática, essa sim fez medicina por realmente gostar da profissão e não por status ou por retorno financeiro.

Continuando a aventura...

Já sentada, a senhora do meu lado percebeu a minha hiperatividade e começou a conversar. Conversamos tanto que até a minha vontade de chamar o Hugo passou (:
descobrimos dividir a mesma crença e as horas de espera trasformaram-se em minutos, até o momento em que a neta dela foi chamada e os minutos novamente transformaram-se em milhares do horas.


Quando o meu lado revolucionário aflorou levantei da cadeira e fui pisando forte com meu pseudo salto em direção ao "recepcionista" do posto 24h:

- Oi moço, tem como saber quntas pessoas estão na minha frente?
- Até tem, mas o sistema tá lento.
- Ok, muito obrigada!

A próatividae não existe nessas horas.

Voltei pro lugar onde estava e "minha" cadeira já estava ocupada, comecei a ler o livro que tava na bolsa, 5min depois fui chamada, e sem vergonha alheia exclamei: Aiiii não acredito! Até a médica rio da minha cara...
Enfim consultada, enfim medicada e enfim sem definição para a minha "doença", virose, stress, mudança de alimentação ou até mesmo gastriste. Para me sentir chique voto no stress.
Depois de um dia de aventura no SUS, espero mesmo demorar para ficar doente.